Poeta Don

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Jornalista e Poeta. Sou formado em Jornalismo pela PUC do Rio Grande do Sul. Quanto à poesia, ainda estou aprendendo. Sou funcionário público.

28.7.06

Poema duplo


Aos que navegam

Aos que navegam
nestes mares
Desesperados, ou qualquer coisa que o valha
Aos insensatos, nos seus lares
Que o tédio cobre por mortalha.

Aos que navegam sem rumo
Nestas frias águas virtuais
Cadáveres que eu agora exumo
Através de meus versos lapidais.

Aos que navegam bem ou mal acompanhados
Com uma terrível, tediosa solidão
Corações e sentimentos perturbados
Por pensamentos de putrefação.

Digo-vos

Digo-vos que a solidão não passa
E não adianta nos cercar de amigos
Eles estão em qualquer praça
Mas não nos livram dos perigos.

Digo-vos que a madrugada é enorme
E que passar as noites só é terrível:
Pesadelos vêm quando se dorme
Ou se fico desperto também é horrível.

Digo-vos que quando o amor se vai
Deixa lágrimas, deixa um amargor
A máscara da felicidade cai;
Desmascara-se a maquiagem do amor.

Amor

O que é isso que se fala no rádio
O que é que dão tanto valor assim?
Falam dele e ele é muito comentado
Por que tem assim tanto valor
Este tal de Amor?

Ainda mais que ninguém entende
Palavra nenhuma do que ele diz
Ele é cantado, decantado, declamado
Ele é o principal sabor
Ele é o tal do Amor!

Compre ele, experimente fazer isto...
Não, é impossível comprar ou vender
Ele é algo que não é medido
Ele é ele, ele é o Amor!

Amor é um espírito, é uma entidade
É um sentimento, um estado, um êxtase
Amor é um estalo, Amor é tri
Amor é o que sinto por ti.