Poeta Don

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Jornalista e Poeta. Sou formado em Jornalismo pela PUC do Rio Grande do Sul. Quanto à poesia, ainda estou aprendendo. Sou funcionário público.

29.5.07

A donzela sincera

Alguns estudiosos dizem que a palavra “sincero” tem a origem na expressão “sem cera”. No momento, não tenho condições de verificar isto, mas a explicação em si já vale: os comerciantes que vendiam jarros de barro procuravam mascarar os arranhões com cera. Portanto, quem não colocava cera em seus vasos eram sinceros... Faz sentido!
Conta-se que há muitos e muitos anos um jovem príncipe resolveu casar. Ele não disse para ninguém que a virtude que mais amava era justamente a sinceridade. Então, chamou todas as mulheres solteiras do reino, pretendentes ao trono e deu a cada uma delas uma pequena semente: aquela que em duas semanas trouxesse a flor mais linda, nascida da semente, casaria com ele.
Havia uma moça muito simples, mas que amava verdadeiramente o príncipe. Ela levou a sementinha para casa, com todo o carinho e dedicação. Todos os dias regava, até com lágrimas de amor! Os dias passavam e não nasceu NADA!!!
Chegou, então, o grande dia. Na entrada do palácio ela já desanimara: via lindas flores nos vasos das outras. Por que a dela não germinara? O príncipe chegou, olhou cada flor, apreciou as lindíssimas plantas, uma por uma. Subitamente, parou em frente ao vaso com terra, apenas. Disse em tom severo: “Por que não trouxeste uma linda flor como as outras, sendo que as sementes eram exatamente iguais”? Ela: “Eu não sei, talvez minhas lágrimas de amor não foram suficientes para germinar uma tão nobre planta”! O príncipe, então, beijando aquela mão delicada, exclamou: “Bendita menina! Tu és a mais sincera e por isto serás a minha esposa, a princesa! Tudo isto porque... AS SEMENTES ERAM ESTÉREIS”!!!