O real significado da Páscoa (1)

O que seria realmente a Páscoa? Qual o real significado deste ritual milenar? O que a instituição pascal mosaica tem em comum com o pastiche, simulacro praticado pela civilização ocidental moderna? Seria muita pretensão tentar responder estas questões em apenas algumas colunas. Temos um bom espaço para estudar o tema. Porém, a verdade é que se formos nos aprofundar neste assunto, chegará o Natal e ainda não teremos visto tudo... Mas, tentaremos estudar o fascinante assunto, em linhas gerais.
A primeira menção da Bíblia sobre a Páscoa está em Êxodo 12:11, onde Deus diz para Moisés estabelecer o rito de passagem denominado por Ele próprio de Pessach (em Hebraico lê-se da direita para a esquerda – os estudiosos em Hebraico Antigo que me perdoem o sacrilégio, mas ouso arremedar o vetusto idioma e dizer que se pronuncia mais ou menos “pêssárr”). Eis o trecho: “Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do SENHOR”.
O povo então, sob as ordens de Moisés e de Arão, celebrou a primeira Páscoa. A comemoração (literalmente comemoração, pois era um ritual quase que exclusivamente gastronômico) se deu então no deserto, local onde muitos viveriam grande parte de suas vidas.
Desde então é celebrada a Páscoa. Não tenho conhecimento de que na história da humanidade houve um ano apenas em que esta celebração não tenha ocorrido, mesmo que por ínfimos e reduzidos grupos. Portanto, a Páscoa é muito antiga e consolidada e deve ser abordada com o respeito que merece.
Como seria este ritual? Para que fora celebrado? Estas respostas, creio, serão respondidas na próxima edição do JES e na semana que vem aqui neste site. Aguardem.